Santuário Arquidiocesano São Miguel e Almas

História

Comunidade Santo Antônio
(Patrimônio dos Paivas)
Mês de junho! Mês do "Grande Pregador"
Salve Santo Antônio!

    Endereço: Rua Vigário José Raimundo, s/n° - Patrimônio dos Paivas - Missa: 1º domingo do mês – 10h

    Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio) nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Embora batizado de Fernando, Antônio (“o propagador da verdade”) mudou seu nome ao se tornar frade, porque era isso o que o jovem português queria fazer: propagar a verdade de sua fé, difundir os Evangelhos e viver seu amor a Cristo em seu dia a dia. Antônio morreu na Itália no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos. O papa Gregório IX o canonizou apenas 11 meses depois de sua morte, e o chamou de “santo de todo mundo”, numa alusão à fama que ele tinha em vida. Se já foi célebre em seu tempo, hoje nem se fala. O protetor do Menino Jesus e das moças é amado em todo o Brasil. Como uma das Capelas mais antigas do município de Santos Dumont, figura a de Santo Antônio, localizada no povoado de Patrimônio dos Paivas. Consta que em 1896 foram doados pela família de Joaquim de Paiva 6 alqueires de terra, onde se estabeleceram as primeiras famílias. Este período é marcado, em toda Minas Gerais, por intensa religiosidade, não sendo diferente ali, pois estas famílias reuniam-se em um pequeno abrigo de pau a pique para rezarem o terço e fazer a via sacra. A Capela teve como primeiro coordenador o Senhor Sérgio Amaral, que cedia energia elétrica gerada por uma pequena usina em sua propriedade, para a Capela. No final de 1930 o Padre Adalberto Dobber escreveu, com base nos assentamentos paroquiais, sobre a história antiga da Paróquia de São Miguel e Almas. Nesses registros encontramos dados de todas as capelas existentes no município e o patrimônio de cada uma, patrimônio este “legalizado, escriturado e registrado, existindo os respectivos documentos de doação na sua íntegra em poder do Capitão Francisco de Sales Alves Pereira, irmão do último vigário falecido”. Sobre o patrimônio da Capela de Santo Antônio está registrado: “Capela de Santo Antônio situado no povoado chamado “Patrimônio dos Paivas”, com dois patrimônios a saber, no ano corrente de 1930: a) patrimônio de Santo Antônio: 7$600 rs. Sobre 1.600$ de quatro alqueires de terras...”. O primeiro Padre a dar assistência a esta comunidade foi o Padre José de Luca e segundo relatos o primeiro batizado foi realizado em 1943. Assentada em bases sólidas a Comunidade, em 3 de maio de 1907, funda a Conferência da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) e hoje conta com todas as pastorais. É importante ressaltarmos a importância deste trabalho de evangelização nas comunidades, pois através dele podemos colher bons frutos, a exemplo da vocação de um de seus moradores, o seminarista Paulo Henrique, que hoje encontra-se no Seminário Santo Antônio (JF). A Comunidade está localizada na Estrada Real, a 5 km da BR 040, e através dos marcos ali fincados é possível conhecer um pouco de sua história. Fonte: Dados disponibilizados por Glória e Zilda- Comunidade Santo Antônio (Patrimônio dos Paivas).

    Ana Maria Marques Dias - Divisão de Arquivo Público e Patrimônio Cultural

    História de Santo Antônio:

    Pádua está situada na Região Veneto, rica pelas belezas naturais, obras de arte e arquitetura.

      Antiga cidade universitária que possui uma ilustre história acadêmica. Mesmo sendo uma atraente cidade, o que leva tantas pessoas a ela é a bela história de Santo Antônio. "Fernando de Bulhões e Taveira nasceu em Lisboa.

      Ordenado sacerdote entre os cônegos regulares de Santo Agostinho, deixou-se fascinar pelo ideal franciscano, por ter visto os corpos dos cinco primeiros mártires franciscanos de Marrocos. Entrou no convento de Santo Antônio de Coimbra, onde recebeu o nome de Antônio(...). Em 1221 participou do capítulo geral da ordem franciscana e viu São Francisco. Pregou com eficácia contra os hereges dirigindo-se de preferência ao povo.
      A Quaresma de 1231 assinalou o vértice de sua pregação em que predomina as solicitações sociais(...)." (Fonte: Missal Cotidiano) Sua Basílica é o principal monumento de Pádua e uma das principais obras-primas de arte do mundo. Foi iniciada em 1232, possui 115 de metros de comprimento, 38 metros de altura chegando a 68 com a torres, é rodeada por 8 cúpulas e o seu interior é construído em forma de cruz latina. À esquerda está a capela onde encontra-se o altar-túmulo de Santo Antônio. Ao seu redor estão dispostos nove relevos em mármore que retratam cenas da vida e milagres do Santo. A Capela das relíquias foi construída no século XVII em estilo barroco. Nos três nichos estão expostos dezenas de relicários. Em 1981, com a autorização de João Paulo II, foi efetuado um reconhecimento do corpo de Santo Antônio, após 750 anos de sua morte. O primeiro reconhecimento, em 1263, revelou seus restos mortais em excelentes condições, recolhidos numa pequena urna. As análises científicas possibilitaram reconstruir as características físicas do Santo: ele tinha 1,70m de altura, estrutura não muito robusta, perfil nobre, rosto comprido e estreito. Foi encontrado também o aparelho vocal intacto: a língua e as pregas vocais, assim como, os restos da túnica que estavam ao lado dos ossos e as duas caixas antigas com panos da época. São famosos seus milagres acontecidos ainda em vida, como o da Eucaristia e o da pregação aos peixes: A cidade de Rimini, na Itália, estava nas mãos de hereges. À chegada do missionário, os chefes deram ordem para isolá-lo através de um ambiente de silêncio manifestando indiferença. Antônio não encontra ninguém a quem dirigir a palavra: igrejas vazias e praças desertas. Anda pelas ruas da cidade rezando e meditando. Coloca-se diante do mar Adriático e chama o seu auditório: “venham vocês, peixes, ouvir a palavra de Deus, já que os homens petulantes não se dignam ouvi-la”. Logo apareceram centenas de peixes. A curiosidade do povo foi mais forte, foram ver o que estava acontecendo e ficaram maravilhados, aconteceu o entusiasmo, o arrependimento e o regresso à Igreja. Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o SS. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se Antônio com a custódia e o herege com o seu jumento que já não agüentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento. Milhares de pessoas acorriam de toda parte para ouvir os sermões de Antônio. O seu cristianismo não era monótono mas tendia a austeridade, mesmo assim, não desencorajava os penitentes. Conta-se que em uma quaresma, o povo de Pádua não ia trabalhar antes de ouvir Antônio falar sobre a palavra de Deus. E ele já muito debilitado falava ao povo de cima de uma nogueira em Camposampiero. Numa tarde, um conde dirigiu-se à cela de Antônio. Ao chegar, viu sair de uma brecha um intenso esplendor. Empurrou delicadamente a porta e ficou imóvel diante de uma cena prodigiosa: Antônio segurava nos seus braços o menino Jesus! Quando despertou do êxtase pediu ao conde que não revelasse a ninguém a aparição celeste. Destruído pela fadiga e pela doença da hidropisia, sentiu que a hora do seu encontro com o Senhor estava se aproximando. Desejou ir para a igreja de Santa Maria, mas estando muito debilitado, parou em Arcella, que encontra-se às portas de Pádua. Ali morreu aos trinta e seis anos após pronunciar as palavras: “Video Dominum Meum” (vejo o meu Senhor). É honrado com o título de “Doutor Evangélico”. Seu culto é um dos mais populares da história e apressou sua canonização, ocorrida um ano após sua morte.