Santuário Arquidiocesano São Miguel e Almas

História

Comunidade Santa Edwiges:
"O amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados

    Endereço: Rua Paulo Roberto Ramos de Faria, 393 - Bairro Cabangu - Missa: 4º domingo do mês – 08h

    “Comunidade Santa Edwiges desde outubro de 1998 seguindo as pegadas de Jesus”, tendo os propósitos da Santa que tanto defendeu os pobres, como princípios evangelizadores. São muitos anos de comunidade formal, mas antes disso, como as primeiras comunidades de fé, alguns moradores da região já se reuniam para rezar o terço nas casas. Mas com o passar dos anos sentiram a necessidade de lançar suas redes em águas mais profundas. Com o apoio do, então, Pároco Frei Pedro de Assis e do casal Sebastião Viana e Santa foram realizadas as primeiras reuniões para a criação da Comunidade. O primeiro passo foi a escolha do padroeiro, onde foi decidido que ficariam sob a proteção de Santa Edwiges. Santa Edwiges nasceu em 1174, na Alemanha. Ainda bem jovem casou-se com Henrique I, príncipe da Silésia (Polônia), com quem teve seis filhos. Falecido o marido, Santa Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz, Polônia, onde sua filha Gertrudes era a abadessa e, neste mesmo lugar, deu largos passos rumo à sua santificação. Contam os historiadores que Santa Edwiges vivia com uma renda mínima, usando o restante para socorrer os pobres, enfermos, idosos, viúvas, crianças abandonadas, endividados e encarcerados, a quem ajudava pessoalmente. Em certa ocasião, quando estava visitando um presídio, Santa Edwiges descobriu que muitas pessoas ali se encontravam por não poderem pagar suas contas. Desde então, ela começou a saldar as dívidas dos encarcerados, devolvendo-lhes a liberdade. Por este motivo, no Brasil ela é invocada como padroeira dos pobres e endividados. Nas imagens de Santa Edwiges, ela aparece segurando uma igreja entre as mãos. Isto se deve ao fato de, junto com o marido, terem construído diversas igrejas e mosteiros. Como não contavam ainda com uma Capela teve início a celebração da Santa Missa nas residências e isto foi importantíssimo, pois a partir daí as bases espirituais foram se solidificando. Neste momento foi de vital importância para o crescimento da Comunidade a atuação do saudoso Miguel Fonseca e depois dos também saudosos Hélio, Reis Ernesto da Silveira e Miguel Perácio.
    Mas como o próprio nome já diz ”comunidade” pressupõe comunhão, comum unidade e assim foi crescendo o número de fieis, e para que esta comunhão acontecesse foi muito valiosa a participação do Sindicato dos Bancários, na pessoa de seu presidente Marcos João Couri, quando cedeu o espaço do Sindicato para a celebração das Missas e reuniões.
    Como Santa Edwiges fez também os fieis sentiram a necessidade de construírem a sua Igreja, e com a ajuda de todos os dizimistas foi adquirido um terreno onde hoje sem encontra a Capela de Santa Edwiges.

      Seguindo o exemplo da padroeira, de filha, esposa e mãe são realizados na comunidade Batizados, 1ª Comunhão, Crisma e Matrimônio, um trabalho das pastorais, que vão assim como Edwiges, edificando o próximo. Santa Edwiges, exemplo de fé e humildade, rogai por nós! Ana Maria.

      Marques Dias - Divisão de Arquivo Público e Patrimônio Cultural.

      História de Santa Edwiges:

      A Idade Média foi muito rica em santos e santas, e, hoje, juntamente com Santa Margarida, a Liturgia apresenta Santa Edwiges que nasceu na Bavária, Alemanha em 1174 e tornou-se modelo dos três estados de vida femininos: esposa, celibatária e viúva. Ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar. Aos doze anos, como era convencionado na casa real, foi dada em casamento a Henrique I, duque da Silésia e da Polônia. Ela obedeceu aos pais e teve com o marido sete filhos. Quando completou vinte anos, e ele trinta e quatro, sentiu o chamado definitivo ao seguimento de Jesus. Então, conversou com o marido e decidiram manter dentro do casamento o voto de abstinência sexual. Edwiges entregou-se, então, à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o restante dava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais prisioneiros, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Após estarem livres, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem sobreviver com dignidade. Construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, ajudou a restaurar os outros e mandou erguer inúmeras igrejas. Desse modo, organizou uma grande rede de obras de caridade e assistência aos pobres. Além disso, visitava os hospitais constantemente para, pessoalmente, cuidar e limpar as chagas dos mais contaminados leprosos. Mas Edwiges tinha um especial carinho pelas viúvas e órfãos. Veio, então, um período de sucessivas desventuras familiares. Num curto espaço de tempo, assistiu à morte, um a um, dos seus seis filhos, ficando com vida apenas a filha Gertrudes. Logo em seguida, foi a vez do marido. Henrique I fora preso pelos inimigos num combate de guerra e, mesmo depois de libertado, acabou morrendo, vitimado por uma doença contraída na prisão. Agora viúva, e apesar da dura provação, Edwiges continuou a viver na virtude. Retirou-se do mundo, ingressou no convento que ela própria construíra, do qual a filha Gertrudes se tornara abadessa. Fez os votos de castidade e pobreza, a ponto de andar descalça sobre a neve quando atendia suas obras de caridade. Foi nessa época que recebeu o dom da cura, e operou muitos milagres, em cegos e outros enfermos, com o toque da mão e o sinal da cruz. Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV a canonizou oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto a santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados, é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico.