Santuário Arquidiocesano São Miguel e Almas

História

Comunidade Santa Rita de Cássia:
A serviço da unidade e da paz

    Endereço: Rua Alagoas, s/nº - Bairro das Flores - Missa: 2º domingo do mês – 08h

    Falaremos sobre a trajetória de Santa Rita de Cássia, a Comunidade que a tem como padroeira e seu papel para nosso município. Pois bem, Rita de Cássia viveu em uma época em que a violência era uma constante sentindo isto dentro de seu próprio lar, já que seu marido também era muito violento. Recorrendo à misericórdia divina obteve a conversão do marido, mas logo depois ele foi assassinado. Seus filhos juraram vingar-se da morte do pai. Rita rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dois filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor aparentemente respondeu a suas orações: os dois padeceram de uma enfermidade fatal. Conta-nos a história que Santa Rita de Cássia meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, nos desprezos, nas ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário, por isso ao pedir fervorosamente ao Senhor que participasse de seus sofrimentos na cruz foi atingida por um espinho da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, assim padeceu por quinze anos. A Comunidade Santa Rita de Cássia está em festa, comemorando seu ano jubilar. São quinze anos sob a proteção e inspiração de Santa Rita no serviço de evangelização. Mas mesmo sendo um momento de festa as provações estão presentes, nosso município vive um momento de violência nunca visto e precisa das orações e ajuda de todas as comunidades. Assim destacamos a trajetória desta Comunidade: o ano foi o de 1998 quando moradores amigos do popular Bairro das Flores sentiram a necessidade de construir ali uma Capela. A primeira reunião foi na casa da Sra. Inês Maria de Cerqueira no dia 26 de junho e nesta reunião foram sugeridos vários Santos de Santas para padroeiros. A menina AngelaLuziane dos Santos Joviano sorteou o nome de Santa Rita e a partir daí a Comunidade foi se tronando cada vez mais forte. O trabalho de evangelização foi firme desde o início, pois ficou decidido pela realização da celebração da palavra nas casas, a cada dia 22 de cada mês. Agora só faltava a aquisição de um terreno para a construção da Capela e para isso todos os membros da Comunidade se empenharam bastante. No dia 09/11/1998 aconteceu uma reunião extraordinária onde a coordenadora comunicou que “a partir daquela data não mais trabalharia para a aquisição do terreno e sim para a construção da Capela”, já que o Sr, Amir Borges Ferreira e sua esposa Sra. Sônia Ferreira haviam doado o terreno para a construção. Foi um momento de grande alegria. De junho até novembro aconteceram reuniões mensais culminando com a posse do primeiro Conselho da comunidade no dia 25 de novembro de 1998. O primeiro conselho ficou assim constituído: Coordenadora-Inês Maria Cerqueira; vice coordenador- Rosimauro Cerqueira Marcelino; 1ª secretária- Maria do Carmo Ramalho dos Santos; 2ª secretária-Sandra Maria de Oliveira Rosa; 1ª tesoureira-Ivone de Freitas Pires; 2ª tesoureira- Rosane Lúcia de Souza Neto. Foram realizadas diversas atividades para angariar fundos para a obra como abertura de um “livro de ouro”, festival de sorvete, bingo, serenata, bazar onde cada membro da comunidade teve papel muito importante. Teve papel fundamental também a Associação Musical Nossa Senhora Aparecida, pois foi em sua sede que passaram a serem realizadas as reuniões da Comunidade. No dia 31 de outubro de 1999 foi celebrada uma Santa Missa no terreno da Capela e abençoada a pedra fundamental para o início da construção e um ano após já estava sendo realizada a campanha para a compra das telhas. Paralelamente à construção do templo físico houve também a preparação de ministros e agentes pastorais, ou seja, a edificação do templo espiritual. Destacamos o trabalho de evangelização desta Comunidade na sociedade sandumonense, ao trazer para todos no dia 06/05/2001 a apresentação de uma peça teatral contando a vida de Santa Rita de Cássia, no Clube “Grêmio Mário de Lima”.

      Neste ano (2001) a Capela estava praticamente pronta: foi entronizada a imagem de Santa Rita doada pela Senhora Ernestina Santana de Andrade, uma procissão e bênção da Capela. Um resultado que só pode ser obtido também com a participação dos dizimistas, pois “O DÍZIMO É O FRUTOQUANDO O COMPROMISSO É A SEMENTE”.
      O trabalho realizado por este Conselho foi de excepcional valor para a comunidade, deu sua contribuição e deixou para os demais um legado de compromisso cristão. A comunidade nasceu, cresceu e continua dando frutos contando com a participação de todos e principalmente dos Conselhos que são para todo segmento a base de sustentação. No ano de 2004 Eduardo de Souza Pires foi empossado como Coordenador, seguido em 2006 por Maria Alzira Silva Evaristo,2009 Eduardo de Souza Pires e 2013 Tadeu Eustáquio Ferreira. Por toda esta trajetória a Comunidade Santa Rita de Cássia tem papel importantíssimo não só na comunidade católica, mas também na sociedade civil, pois através de suas obras contribui para a propagação do espírito de unidade e paz. Que a paz e a conversão não sejam vistas como uma “causa impossível” e que Santa Rita interceda por nós na construção de uma sociedade pacifista. PARABÉNS, COMUNIDADE SANTA RITA DE CÁSSIA!

      Ana Maria Marques Dias - Divisão de Arquivo Público e Patrimônio Cultural.

      História de Santa Rita de Cássia:

      Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando. Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita. Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita. Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade. Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.